sexta-feira, 18 de março de 2016

Boletim Semanal 30/03/2016

As sete palavras de Jesus na cruz! 

Irmãs e irmãos, as últimas palavras de uma pessoa antes da morte são emblemáticas. Quais seriam suas últimas palavras antes do último suspiro da vida? Pesquisei e encontrei várias que ficaram marcadas na história. Quero destacar algumas delas.
1) Frederico Guilherme, rei da Prússia disse: “Não pode ser! Deus, vou mesmo morrer com esse terno?”
2) Karl Marx, filósofo e economista alemão disse: “Últimas palavras são para bobos que nunca disseram o suficiente.”
3) Voltaire, filó- sofo francês, quando um sacerdote o pede para que abandone o diabo, ele responde: “Meu bom homem, essa não é a hora adequada para fazer inimigos.”
4) Getúlio Vargas, presidente do Brasil, escreve em sua carta antes do suicídio: “Saio da vida para entrar na história.”
5) Por fim, Casanova, libertino italiano, ao se confessar na iminência da morte expressa: “Vivi como um filósofo, morro como um cristão.” Porém, na sua crucificação, há sete frases coletadas em 3 dos 4 evangelhos que são de profundo significado, que faz da morte de Jesus uma pregação com princípios eternos. Vamos a elas:

1.Lucas 23:34 – Palavra de perdão – “Pai perdoa-lhes” Era comum que os bandidos crucificados promovessem xingamentos e escárnios enquanto o publico assistia sua lenta e dolorosa morte. Seus algozes eram alvos de palavras de zombaria e desprezo numa tentativa de superioridade por parte dos sentenciados. Entretanto, a postura do Filho de Deus é diferente. Na cruz, injustamente ali colocado e debaixo de muito escárnio tendo suas vestes sorteadas, Jesus roga a Deus por seus inimigos dizendo: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Isso é a boa nova. O contraditório da cruz. Esse é o convite de Jesus para seus discípulos quando os chama para a cruz: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores.” Ou como dizem os católicos: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.” Somos chamados para o perdão.

2.Lucas 23:43 – Palavra de salvação – “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” Somos também chamados a receber o perdão de Deus através do sincero arrependimento. Somos chamados a experimentar a graça salvadora de Jesus. Na cruz, Jesus divide a humanidade entre aqueles que recebem o seu perdão, daqueles que zombam do seu amor na cruz. Um bandido diz: “Salva-te a ti mes-mo” e outro diz: “Lembra-te de mim”. A cruz nos chama ao posicionamento de abandono do pecado e de retorno para Deus. Em qual cruz você está? Paulo mesmo afirma: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” I Coríntios 1:18. Há salvação e esperança na cruz. Para aquele bandido que não havia mais esperanças, Jesus lhe trouxe salvação.

 3.João 19:26-27 – Palavra de cuidado – “Eis aí teu filho” Na cruz Jesus reafirma o valor da família. Jesus é o filho mais velho. Sabemos que na cultura judaica cabe ao filho mais velho o cuidado de seus pais. Numa era de tantas distorções dos valores a família e do descaso de homens, viver a mensagem da cruz nos remete à nossa responsabilidade com a família. Você tem viúva em sua família? “Quem não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” I Timóteo 5:8. Lembremos que na instituição da páscoa os judeus, Deus ordenou que fosse comemorada em família.

4.Mateus 27:46 – Palavra de sofrimento e solidão – “Porque me abandonastes” Essa expressão de Jesus aponta para o drama do pecado que afasta o homem de Deus. A única explicação para que Jesus naquele momento perceba o abandono do Pai, está no fato Dele assumir o pecado de toda a humanidade. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” II Coríntios 5:21. Ele foi posto naquela cruz, Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (Isaías 53:5). Mas, também Ele enfrentou a dura realidade na qual vivemos quanto aos nossos sofrimentos. Não pesa sobre nós mais a angústia do pecado, mas enfrentamos os sofrimentos da vida. A cruz fala sim de sofrimento. Viver a cruz é estar disposto também a viver angústias. Servir a Deus não é um mar de rosas. “No mundo tereis aflições” (João 16:33). “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém, não destruídos; levando no corpo sempre o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.” II Coríntios 4:8-9ss. Portanto, o sofrimento de Jesus na cruz nos serve de encorajamento. O autor aos hebreus dirá: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Hebreus 4:15. A cruz nos fala de sofrimento, mas também nos fala de consolo.

5.João 19:28 – Palavra de humanidade – “Tenho sede” Jesus é o homem perfeito. Nisto Ele se identifica também com nossa humanidade. Jesus tem sede! O autor deste evangelho tem o cuidado de destacar a humanidade de Jesus. Afinal de contas, é necessário que se por um homem entrou o pecado no mundo corrompendo a todos, por um só homem, Jesus Cristo, a graça salvadora se manifeste a todos (Romanos 5:15- 17). Jesus é o divino/humano. E como homem, conforme se descreve em Salmos 69:20-21, ao pedir por piedade, ele recebe ira; ao buscar consolo, ele encontra acusadores; ao pedir por alimento, ele recebe fel (veneno); ao pedir água, ele recebe vinagre. Parece paradoxal. Aquele que é a água viva tem sede. Porém, Ele bebe o amargo para que por meio da sua morte tivéssemos nossa sede saciada.

6.João 19:30 – Palavra de Vitória – “Está consumado” Aleluia! Está consumado! Tetelestai! Está totalmente pago, a dívida está paga, está completo, está encerrado! Jesus consuma as Escrituras. As mais de 300 profecias que apontaram para Ele e para cada ato da sua vida estão realizadas. Ele consuma a derrota de Satanás. “Ele despojou principados e potestades, os expôs publicamente ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Colossenses 2:15). “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para desfazer as obras do diabo.” (I João 3:8). O valente está amarrado! A igreja avança e as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do Senhor (Mateus 16:18). É a consumação da derrota da morte! Convido você para meu sepultamento. Ali quero que você se lembre que não é o fim. Passaremos da morte para a vida porque Jesus venceu e ressuscitou. Ele é o primogênito entre muitos e quando Ele voltar o último inimigo da igreja será vencido (I Coríntios 15:54-56). É a consumação de nosso acesso à Presença de Deus pelo sangue de Jesus. (Hebreus 10:19-22).

7.Lucas 23:46 – Palavra de entrega – “Entrego meu espírito” Jesus repousa nos braços do Pai após a luta ganha. É um resumo do que foi a Sua vida! toda a sua vida foi de entrega às pessoas conforme a Sua vocação. É um convite a uma vida plena no Pai. Ir para a cruz significa entrega total. Jesus nos convida a seguir seu exemplo como seus discípulos. Jesus nos convida a uma vida de entrega total a Ele, atendendo à sua vocação a nós. Temos a certeza de que não terminou ali. Não me cansarei até o fim da minha vida de narrar a mais bela história de amor. Leia Mateus 28:1-10.


Rodrigo Rodrigues Lima 
Pastor

Boletim Semanal 23/03/2016

TITULO: DEUS TEM UMA PORTA PARA TI 
TEMA: SEMPRE HAVERÁ UMA FORMA DE FAZER MISSÕES 
TEXTO: 1 CORINTIOS 16:8-9 

INTRODUÇÃO: 
NA NOSSA CAMINHADA, TODOS NÓS NOS ENCONTRAMOS COM DIFERENTES PORTAS. ALGUMAS PEQUENAS, OUTRAS MAIORES, ALGUMAS FECHADAS E OUTRAS ABERTAS. ALGUMAS SÃO FEITAS COM AS NOSSAS MÃOS E OUTRAS AS COMPRAMOS. NEM SEMPRE SABEMOS AONDE UMA PORTA VAI NOS INTRODUZIR. NEM SEMPRE UMA PORTA PEQUENA TE INTRODUZ A UM LUGAR PEQUENO OU UMA PORTA ANTIGA TE LEVA AO PASSADO.

O IMPORTANTE É SABER QUE DEUS DESENHOU UMA PORTA ESPECIAL E ÚNICA PARA QUE VOCÊ PASSE POR ELA E QUE SEMPRE HAVERÁ UMA PORTA QUE NOS INTRODUZÁ À OBRA MISSIONÁRIA.

1.DESCUBRA A PORTA MISSIONÁRIA QUE DEUS DESENHOU PARA TI 

A PRIMEIRA PORTA QUE TRANSFORMOU NOSSA VIDA FOI JESUS (JOÃO 10:9), MAIS ESSA SALVAÇÃO NOS TORNOU EMBAIXADORES DO REINO (1 PEDRO 2:9). AGORA, A ÚNICA MANEIRA DE DESCOBRIR A PORTA QUE VAI ME LEVARA A EXECUTAR MEU PAPEL NA OBRA MISSIONÁRIA É: CONHECER AO CRIADOR DAS PORTAS, PASSAR TEMPO COM ELE, ACREDITAR NO QUE ELE FAZ, OBEDECER-LHE E TENTAR. MUITAS VEZES ELE PODE PEDIR QUE PASSEMOS POR UMA PORTA QUE PARECE TÃO PEQUENA QUE NÃO VAMOS CABER NELA (MINISTERIOS “INSIGNIFICANTES”, CUIDAR DE PESSOAS COM AS QUAIS NÃO NOS SENTIMOS CONFORTAVEIS, IR A LUGARES ISOLADOS OU IMPENSADOS...), OUTRAS VEZES A PORTA PODE ESTAR DE CABEÇA PARA BAIXO (QUANDO O QUE VOCÊ VÊ NA FRENTE NÃO FAZ SENTIDO) E AÍ NECESSITAMOS TER FÉ NO DESENHISTA DA PORTA, E PASSAR POR ELA. HOJE HÁ MUITAS PORTAS QUE DEUS USA PARA CUMPRIR A GRANDE COMISSÃO: SEU EMPREGO, OS ESPORTES, DIFERENTES PROFISSÕES, A OBRA SOCIAL, A MÚSICA... SE VOCÊ TEM CERTEZA QUE ESTÁ SEGUINDO A VOZ DE DEUS E ELE PEDE PARA PASSAR POR ALGUMAS DESSAS PORTAS OU POR UMA PORTA DOLOROSA, UMA PORTA POBRE OU UMA PORTA MUITO DESAFIANTE, TOME FORÇAS NO ESPÍRITO SANTO E PASSA!!

2.FOQUE-SE NA TUA PORTA 

A IGREJA DE CORINTO MANDA BUSCAR O APÓSTOLO PAULO PORQUE ESTAVA PASSANDO MOMENTOS DE CRISE. DESORDEM I CORÍNTIOS 1:11, IMORALIDADE
I CORÍNTIOS 5:1, DIVISÕES I CORÍNTIOS 11:18, ATITUDE DE SUPERIORIDADE ESPIRITUAL I CORÍNTIOS 8:1, MARGINALIZAÇÃO DOS MEMBROS MAIS POBRES DA IGREJA I CORÍNTIOS 12:20-26, E ATÉ QUESTIONARAM A AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO NO CAPITULO 9. MAS, ANTE TODA ESTA SITUAÇÃO PAULO NÃO DEIXOU O SIGNIFICANTE PELO URGENTE. ELE SABIA QUE SUA PRIORIDADE ERA AQUELA PORTA DE SALVAÇÃO PARA OS EFÉSIOS, SUA PRIORIDADE ERA FAZER DISCIPULOS ONDE CRISTO AINDA NÃO FOSSE CONHECIDO (ROMANOS 15:20-21). A IGREJA DE CORINTO TINHA LIDERES QUE DEVIAM SOLUCIONAR AQUELES ASUNTOS.

3.NÃO ABANDONES A PORTA QUE DEUS ABRIU

SEMPRE HAVERÁ OPOSIÇÃO QUANDO DEUS ABRE UMA PORTA E TAMBÉM HAVERÁ PROPOSTAS PARA PASSAR POR OUTRAS PORTAS QUE TE LEVARÃO AO SUCESSO, RIQUEZA, UMA BOA BOLSA DE ESTUDO...MAS, NÃO DESISTAS; PREPARA-TE PARA LUTAR PELA TUA BENÇÃO, PORQUE DETRÁS DESSA PORTA ESTÁ O QUE O CRIADOR PREPAROU PARA TI. PAULO NÃO ABANDONOU A “PORTA GRANDE E OPORTUNA” QUE DEUS ABRIU PARA FAZER MISSÕES NA CIDADE DE ÉFESO E DESSE TRABALHO SE PLANTARAM AS 7 IGREJAS QUE LEMOS NO APOCALIPSE. LIDIA SE CONVERTEU, A JOVEM ESCRAVA PELOS COMERCIANTES FOI LIBERTADA, TEMOS AS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS JUNTO A SILAS E MUITO MAIS.

“TODOS PODEM CONTAR QUANTAS SEMENTES HÁ EM UMA MAÇA, MAIS NINGUEM SABE QUANTAS MAÇAS HÁ NUMA SEMENTE”

CONCLUSÃO: HÁ MUITAS PORTAS POR ONDE PASSAR, MAS SÓ UMA PORTA PARA ABRIR, A DO CORAÇÃO. A CONFORMIDADE É SINAL DE QUE FAZ TEMPO QUE NÓS NÃO PASSAMOS POR UMA PORTA DE DEUS, PORQUE QUANDO PASSAMOS POR ELAS, OLHAMOS QUÃO POBRES SOMOS E QUANTO DEUS TINHA PARA NÓS. FICA DE PÉ ANTE A PORTA DO SENHOR PARA TI E PEDE QUE ELE TE SURPREENDA!!!


Valéria Silva 
  Missionária  

quarta-feira, 9 de março de 2016

Boletim Semanal 16/03/2016

Missão - A motivação e o reconhecimento do ministério de Jesus!

Missão - A motivação e o reconhecimento do ministério de Jesus!
João 5:34; 37; 41; 44

Tanto a motivação quanto o reconhecimento no ministério de Jesus emergiram da mesma fonte, o Pai.
A missão de Jesus foi bem sucedida por ser guiado por mais esse princípio catalisador. Onde estava fundamentada a motivação e o reconhecimento de Jesus? Nos homens? Na aprovação dos seus familiares? Na sua capacidade? No resultado de sinais miraculosos e na aprovação da multidão?
A pior coisa para um funcionário é não ser valorizado. Pense naquele empregado que chega antes de todos, dá o sangue para a empresa, o último a sair e que vive por aquela causa fazendo além do necessário, mas no final ele se decepciona porque seu companheiro de trabalho que faz o necessário ganha a promoção. Não é frustrante? A pessoa se sente injustiçada e logo perde a sua motivação, pois, seu trabalho duro não foi reconhecido. Você pastor(a), líder, irmão(ã), diácono, diaconisa, membro de algum ministério, líder de célula, profissional, como se sente hoje com relação a tudo isso? Talvez você não venha se sentido valorizado ou reconhecido.
Irmãos, Jesus em três anos veio cumprir a missão do Pai. Ele ministrou sobre as pessoas. Jesus dedicou-se a elas, chorou por elas, teve compaixão de todas elas e no final sua promoção foi uma cruz. No que consistiu a motivação e o reconhecimento de Jesus que o levou a cumprir a missão?
Nós queremos ser uma igreja de discípulos altamente motivados e engajados. Porém, qual é o segredo de Jesus? Como podemos ter um ministério tão abençoado quanto ao de Jesus? Onde e como deve residir nossas motivações e o reconhecimento na nossa vida seja ela dentro ou fora da igreja como discípulos e funcionários?

Antes de entrarmos nos princípios, vale a pena contar uma história recente. Um dia desses, meu sogro compartilhou comigo que seus colegas de trabalho estavam muito admirados da sua dinâmica de vida. Ele vai de um lado para o outro aplicando injeções, muitas vezes de graça, chegando cedo à empresa e arrumando tempo para fazer outros atendimentos realizando sempre o além do necessário. A empresa não lhes dá o devido reconhecimento, então eles estavam realmente admirados. Em compensação, o meu sogro estava dizendo o quanto aquele pessoal é devagar e desmotivado. Já chegam à empresa cansados e fazem somente o necessário. A pergunta é: Qual é a diferença entre meu sogro e seus colegas de trabalho? Será que a resposta mais satisfatória é: “Ele faz o que gosta?” Conhecemos pessoas que gostam do que são, mas estão na mesma condição dos colegas do meu sogro. Conhecemos líderes de igreja que gostam do que fazem, mas estão na mesma condição dos colegas do meu sogro.
Vamos aos princípios da motivação e reconhecimento que levaram Jesus a um ministério bem sucedido:

1.Jesus é servo e não empregado (João 5:19; Marcos 10:45)
A pista deste entendimento está aqui: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai.” Em Marcos 10:45 diz que o Filho do homem veio para servir e dar a sua vida. A palavra servir ali é diácono. O diácono não é um escravo ou empregado, mas um ministro. O ministro é alguém rende ofícios ministeriais e o faz voluntariamente. É muito mais do que um empregado. O empregado tem horário marcado, faz pelo salário e espera reconhecimento. Jesus não é servo das pessoas, mas de Deus para ministrar às pessoas. Como pastor eu sou servo de Deus e Ele me diz a quem e como devo ministrar. Eu não sou empregado das pessoas, mas servo de Deus. Porém, há muitos pastores e líderes que se frustram porque apesar de se considerarem servas de Deus, elas tem mentalidade de empregado. Há um texto que sempre menciono porque exemplifica muita coisa. Em Marcos 1:35-38 Jesus se deixa guiar pela voz do Pai e não da multidão. 
A missão de Jesus não era satisfazer os desejos dos que o seguia, mas cumprir a vontade do Pai.É grande o número de líderes que fracassam quando abandonam a missão para agradar seguidores ou a si mesmos.
O servo é guiado por uma missão e não por uma obrigação. O servo, o verdadeiro ministro de Deus não cumpre escalas. Quando você entende que é um ministro de Deus às pessoas para atender aos propósitos do Pai, e não um empregado da igreja que tem que atender às pessoas, a um ministério, a uma célula ou qualquer coisa função, você é guiado por Deus e atende ao segundo princípio abaixo.

2.Jesus atende a uma vocação e não a uma necessidade (João 5:34)
Jesus é muito categórico: “O Pai, que me enviou.” Jesus se vê como um enviado. Ele não vem para ajudar a fazer alguma coisa. Deus não precisa de ajuda, Deus envia pessoas vocacionadas por Ele. Somos soldados na batalha prontos para obedecer ao general que nos dirá como, quando e onde. Na guerra não somos voluntários, mas convocados. Às vezes somos tentados a ajudar diante de alguma necessidade. De fato, a motivação inicial de todos os vocacionados é a necessidade que arde em seu coração, mas logo ela descobre que na verdade é chamada para aquilo. Pessoas guiadas por necessidades têm algumas caraterísticas: I.Querem reconhecimento, mas não aceitam cobranças. (João 17:21 – Jesus confronta a motivação de Pedro) II.Fazem na força própria e tem dificuldade de depender de Deus. (João 6:11 – A multiplicação de pães e peixes – Jesus não despreza a multidão e os poucos recursos que tem) III.Possui muita disposição humana, mas não possui disposição divina. (Jeremias 26:20-24 – Urias é ameaçado, foge e morre. Jeremias, obedece e não teme a morte, mas é poupado – Jeremias 26:12-15). Os servos que cumprem a vontade do Pai celestial não temem os estratagemas humanos. A sua confiança está nos propósitos divinos, não nos seus esforços para controlar as circunstâncias. Jesus lavou os pés do seu traidor. Isso é ter clareza de missão. Os vocacionados não fazem para ser reconhecidos, mas podem ser reconhecidos porque são vocacionados. IV.Tem medo da rejeição e tem medo de servir aqueles a quem pode prejudicá-lo. (João 6:66-71 – Jesus é rejeitado pela multidão quando os chama a um compromisso e serve Judas lavando os seus pés). V.Querem servir o cabeça sem a confirmação do corpo. Essa é uma profunda verdade. (Atos 13:1-3). Os vocacionados são chamados pelo cabeça e recebem a confirmação do corpo. Tem muita gente voluntária ou rebelde mesmo que querem atender a um chamado sem a confirmação do corpo, a igreja. São independentes e não interdependentes. Missionários, pastores e líderes em geral são craques nesse tipo de rebelião. São impulsionados pela necessidade e não pela vocação.

3.Jesus traz glória ao Pai tornando-o visível a todos (João 5:41; 44)
Quem busca a glória de Deus vê se manifestar entre ele a glória de Deus. Quem procura a glória o homem, vê se manifestar a glória do homem. Aqui está a essência da motivação e do reconhecimento de Jesus. Fazer o Pai conhecido. Aprendi algo muito especial nessa minha caminhada pastoral. Quando busco fazer Deus conhecido, isto é, Sua Presença notável seja por ações ou por ensino, verdadeiramente Deus se faz presente. Quase todas as mulheres sabem fazer um frango ensopado na panela, mas eu sei quando foi minha mãe quem o fez. Há uma marca registrada dela. É a presença da minha mãe naquela comida. Todo chefe de cozinha tem uma marca, uma presença através daquilo que ele faz.
E semelhante modo, todo aquele que descobriu ser um servo (ministro de Deus), que faz por vocação e não por necessidade e faz Deus conhecido, o faz impelido por Deus para que aquilo que ele faz faça Deus notável. A palavra glória significa esplendor, honra, brilho. (Isaías 6:3; Salmo 19:1) Portanto, estar cheio da glória de Deus é estar pleno a sua beleza, do Seu esplendor, do Seu brilho. Aqueles que são motivados por Deus e por Sua glória o fazem conhecido. Havia nos tempos e Spurgeon ótimos pregadores, dos quais ele era considerado o príncipe dos pregadores. Todas as vezes que um bom pregador trazia sua mensagem, as pessoas diziam: “Que bela mensagem! Esse pregador fala muito bem. Gostei da sua pregação. Quero ouvi-lo mais vezes.” Entretanto, quando Spurgeon pregava, as pessoas saiam de seus cultos dizendo: “Como Jesus é maravilhoso. Preciso me arrepender dos meus pecados. Sou constantemente confrontando pela palavra de Deus. Deus se fez presente. Quero ouvir Deus mais vezes. Outros diziam: Não quero mais ouvir esse pregador.” Veja algumas pistas no ministério de Jesus – Mateus 7:28-29 (Ele ensina como quem tem autoridade); Mateus 16:13-16 (Quando Jesus indaga a seus discípulos a respeito de sua pessoa).

A igreja é chamada à missão. Sua missão é fazer o Pai conhecido, promovendo a Sua glória na terra. Somente quando agimos como servos de Deus e vocacionados é que cumprimos a missão. Quem vive pela missão não busca aprovação humana e nem reconhecimento humano. Antes, é impelido e guiado pela glória de Deus (João 5:44).

Rodrigo Rodrigues Lima
Pastor

Célula 16/03/2016


quinta-feira, 3 de março de 2016

Boletim Semanal 09/03/2016

Vida é conhecer o Pai! João 14:6-7

Vida é conhecer o Pai!
João 14:6-7

Vi na internet uma frase interessante: “Grande campanha pela vida: cada um cuidando da sua! Participe você também”. Graças a Deus quero Deus cuidando da minha. Jesus veio para nos dar vida e vida com abundância (João 10:10). O que é essa vida abundante? No que consistiu essa missão de Jesus?
Jesus ele veio para vivificar os mortos e dar vida eternaSão duas coisas diferentes. Vivificar é fazer viver, tornar vivo, restaurar a vida. Nós estávamos mortos espiritualmente e Ele nos vivificou(Efésios 2:1). Já a vida é a idéia de alguém que está cheio de vitalidade, em absoluta plenitude da vida. Alguém que tem uma vida ativa e vigorosa devota a Deus, abençoada, em parte já aqui na terra, mas plena totalmente na eternidade. Os vivificados passam a gozar da vida.
Hoje quero falar com vocês sobre o caráter e o alvo da vida eterna. Caráter tem a ver com a essência, a natureza das coisas. A vida, enquanto vida eterna também tem uma essência, uma origem, um cerne, enfim, um princípio e ao mesmo tempo um alvo. Vamos falar de um:

Vida é conhecer a Pai
Jesus diz aos seus discípulos que quem o conhece, conhece o Pai. Mas, no que consiste esse conhecer a Deus, já que vida é conhecer a Deus? Jesus, em sua oração sacerdotal disse: “E avida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3
Um dia, fui para o interior de São Paulo para me encontrar com o Pastor Marinho. Chegando lá estava o pastor Ricardo Agreste que foi meu professor na pós-graduação. Então, o Pastor Marinho me levou até o Pastor Ricardo e disse: “aqui está o seu aluno”. Porém, o pastor não me reconheceu. Eu o conheço, mas ele não me conhece. No sentido bíblico, conhecer é muito mais do que saber o nome de uma pessoa ou ouvir falar sobre essa pessoa. Conhecer é ter relacionamento, comunhão e preocupação. Para chegarmos ao sentido profundo disto, precisamos nos voltar um pouco para o antigo testamento. I.Definamos o que não é conhecer a Deus. Não conhecer a Deus significa estar longe de Deus. (Salmo 138:6; Juizes 2:10; Oséias 5:4)II.Conhecer a Deus é relacionamento com Deus. “E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.”Jeremias 31:34. Está escrito em Oséias 6:3 Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor.” Conhecer o Senhor é viver diante dele, é ter vida eternaIII. O que impede as pessoas de conhecerem a Deus? Na parábola do jovem rico encontramos pelos menos dois empecilhos: a) Justiça própria(Lucas 18:21) Justiça própria é quando acredito que por esforço próprio, por fazer o bem e seguir os mandamentos ou a maioria deles, terei vida. O jovem rico pergunta para Jesus: “Que farei para herdar a vida eterna?” (Lucas 18:18). Muitas pessoas acham que por não fazer coisas erradas conhecem a Deus. O jovem rico representa o típico religioso que acredita que por meio do seu sacrifício satisfará a justiça de Deus, porém, mesmo no antigo testamento Deus rejeita este tipo de culto. Em Oséias 6:6 Deus dirá: "Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos."  Isso é um equívoco muito grande e não combina com a graça de Deus. Quem é seu parâmetro de justiça? Nosso parâmetro de justiça é Cristo e só podemos conhecer a Deus pelos atos de justiça de Cristo. b) Satisfação em tudo e em todos que não for Deus (Lucas 18:22-23). O jovem rico tinha muitas posses e não foi capaz de abrir mão dessas posses para ganhar a vida eterna. Vida é conhecer a Deus como o único Deus verdadeiro. Ter Deus como único nos leva à satisfação somente Nele. Significa não ter outros deuses. Em termos práticos, um casamento pleno é quando o casal está diante de Deus e se satisfazendo em Deus. Quando um dos cônjuges coloca o seu parceiro no lugar de Deus, seu casamento não é mais pleno, porque sua satisfação não é mais Deus, mas seu cônjuge. Não há mais vida de Deus, pois, Deus não é mais seu único Deus verdadeiro, pois, o outro passa a ocupar lugar central dos seus pensamentos e vida. Quando seu trabalho e o dinheiro (ou a falta do dinheiro) lhe rouba a plenitude, possivelmente significa que você tem buscado satisfação nisso, e não em Deus. Isso poderá ser um empecilho para você viver a vida plena, pois, quem deve conferir propósito à sua vida profissional não é seu trabalho em si, mas Deus. Sei que atualmente isso tem se tornado um desafio para muitas pessoas. Mas, acredite, Deus quer conferir sentido e propósito ao seu trabalho. Busque satisfação somente em Deus e deixe Ele lhe ensinar a viver a verdadeira vida. Quando seu ministério ou posição é a sua fonte de satisfação, uma luz de perigo deve acender. Vida é conhecer a Deus como único Deus verdadeiro. Há um falso entendimento de que trabalhar ou ter posições na obra é sinal de que conhecemos Deus. Cuidado! Sua satisfação é Deus. Vida é ter uma relação de amor e obediência a Deus. O jovem rico queria ter controle da situação. Vida é submissão a Deus em amor e obediência.
Jesus nos deu o maior exemplo de vida plena! Nada foi mais importante para Jesus do que seu amor e obediência ao Pai, até mesmo encarando a morte.

Mas, há pessoas que se sentem sem vida. Hoje é um dia oportuno para pensarmos sobre esse assunto. A salvação consiste não apenas em ganhar um ticket vip para entrar na fila do céu. Salvação é ter vida aqui e agora. Salvação é viver, é ser gerado em Cristo. Salvação é vivificar.
E nesta direção eu entendo que há pessoas que precisam ser vivificadas. Quero me fazer valer do sermão número 46 de John Wesley. Deus quer uma igreja vivificada, mas as pessoas perdem o vigor e a vitalidade porque entram em um deserto espiritual. Os que estão no deserto espiritual chegam ali porque: I.Perda da fé. No deserto perde-se a divina evidência, a satisfatória convicção das coisas não vistas. Você teve muitas experiências com Deus, como o povo que viu o Mar Vermelho se abrir, mas hoje seu espírito não consegue clamar “Abba Pai”. Daí procede a segunda perda II.Perda do amor. Seu coração já não arde mais pelas almas como antes. Não sente mais com tanta intensidade o “coração de misericórdia” pelos perdidos. Não há mais a mesma mansidão de antes. E essa perda da fé e da alegria lhe conduz para a terceira: III.Perda da alegria no Espírito Santo. Porque se a consciência do amável perdão de Deus deixa de existir, logo a alegria resultante dela não prevalece. Você fica como uma terra seca cuja fonte de águas próxima a você está estancada. Com isso, a perda da fé, do amor, e a perda da alegria no Espírito lhe conduz a mais uma perda: IV.A perda da paz. Alguns começam a duvidar de que jamais encontraram testemunho do Espírito, isto é, que tiveram realmente uma experiência com Deus. Vem a dúvida batendo forte no coração se não nos enganamos, trocando a voz de Deus que antes falara conosco pela voz interior da incredulidade e da dúvida. Mas, o deserto vai se tornando cada vez mais escaldante e a perda da fé, do amor, da alegria do Espírito e da paz lhe leva a outro nível de perda:V.A perda do poder. Você perde o poder sobre o pecado. Quem perde o poder da paz perde também o poder sobre o pecado. Antes o pecado não o dominava, mas agora ele se torna habitual, natural, uma crise como alguns preferem chamar.
Deus jamais nos abandona, mas nós o abandonamos. Isso traz morte! Por que chegamos a esse ponto de descer a níveis profundos no deserto espiritual?
a)Pecado. Aceitamos o pecado em nossa vida. Pecado conhecido, que voluntariamente cometemos e ee é forte e ostensivo.
b)Pecado da negligência: I.Negligência da oração. Sem vida de oração, nos distraímos com as coisas dessa vida e o conhecimento de Deus é suprimido. A oração deve satisfazer nossa alma na dependência de Deus, mas quando paramos de orar, os problemas o trabalho, da família, enfim, as coisas da vida criam um rombo na alma e ficamos insatisfeitos. Perdemos a vitalidade.II.Negligência com o próximo. Odiar o irmão ou não repreendê-lo em amor pode conduzir você ou ele ao deserto espiritual. Nessa época de muitos desigrejados, percebemos que tem faltado verdadeiro interesse e amor pelas pessoas e elas tem entrado em deserto espiritual. III.Pecado interior. O coração altivo é abominável ao Senhor. A soberba, a arrogância, vaidade pessoal, não ter espírito ensinável. Todas essas coisas te levam para o deserto espiritual.

Mas há um caminho de vida! Deus quer vivificar você. Ele o fez ler esta mensagem para lhe dizer que há um caminho nesse deserto que o atrai a Ele (Oséias 2:14). Deus é amoroso e gracioso. Ele vem como torrente sobre a terra seca. Abra sua bíblia em Oséias 6:1-6. Deixe Deus lhe vivificar.

Rodrigo Rodrigues Lima
Pastor

Célula 09/03/2016



Boletim Semanal 02/03/2016

Missão como fruto do relacionamento com o Pai - João 5:19-20

Missão como fruto do relacionamento com o Pai

"Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis." João 5:19-20

Graça e paz amada igreja. Hoje nós iniciaremos uma série de mensagens sobre os princípios catalisadores da missão de Cristo. Na linguagem química catalisador é uma substância que acelera a velocidade de uma reação. Quero usar esse termo para qualificar o sucesso da missão de Cristo que em três anos mudou a história da humanidade. Ele mesmo diz que se crermos realizaremos obras maiores. Para tanto, precisamos estar familiarizados com esses princípios que foram impulsionadores de sua obra.
Deus nos chamou para uma obra de edificação da sua igreja. Deus quer filhos! Deus nos chama a gerar, a fazer discípulos. Nós temos uma missão. Porém, irmãos, tudo o que fizermos deverá ser fruto da graça de Deus operando em nossas vidas. Jesus foi muito enfático com relação à atitude do Pai: “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.” (João 15:2). Porém, alguém pode dizer: “Isso é muito difícil, pois, Deus sabe que eu não sou capaz e não tenho tempo. Posso servir a Deus do meu jeito e isso basta.” De fato, essa é a resposta daqueles que ainda não entenderam que a vida cristã é fruto da graça de Deus que opera em nós. Paulo, que se via como o pior dos pecadores, disse o seguinte:“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo." (I Coríntios 15:10)
Meu desejo é que você saia daqui livre do jugo da lei e viva uma vida em missão pelo poder da graça de Deus, com um descontentamento santo e coração fervoroso para viver o poder da graça dinate de pessoas desviadas, diante da necessidade da obra e sendo uma resposta às necessidades. Quem entendeu o valor da graça não a torna vã, mas trabalha. Jesus não aprova que seus ramos não dêem fruto, mas Ele disse a condição para dar fruto: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)
Igreja, Deus amou ao mundo tanto que manifestou a sua graça no Seu Filho Jesus e nos tornou co-participantes da Sua herança e nos fez ministros. Somos ministros, sacerdotes de Deus da nova aliança. Temos uma honrosa missão e por Sua graça que operou em nós é que realizaremos essa missão. É graça e os frutos você verá pela graça. Quero que você perceba que existe uma profunda relação entre a missão como resposta ao relacionamento com Deus e vivê-la pelo poder da graça. Tenho quatro perguntas baseadas nas atitudes de Jesus que devem nortear nossas ações como ministros de Deus que vivem na graça do Pai:

1.Por que Jesus investiu em homens iletrados e incultos? (Atos 4:13; João 17)
Iletrado significa sem estudo e inculto alguém que não desenvolveu habilidades em qualquer arte. Jesus foi um homem que andou com gente simples e investiu neles durante três anos e meio. Jesus exala graça e relacionamento com o Pai todo o tempo. Inclusive em suas escolhas para discípulos. Ele passou uma noite no monte orando só, e quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze entre eles e os chamou de apóstolos (Lucas 6:12-13). Por que Jesus escolhe aqueles homens? Jesus nada faz sem o Pai. Também somos chamados a investir em pessoas confiados na graça de Deus. Graça significa dádiva, presente, dom. Paulo dirá: “...Deus escolheu as coisas loucas o mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” (I Coríntios 1:27-29) Jesus mesmo era um improvável aos olhos humanos. Quem conheceu e sabe o poder da graça de Deus não olha mais para si e nem mesmo para os outros segundo as suas habilidades. A obra de Deus é feita na intimidade com Deus e com o poder da Sua graça. Deus quer usar a sua vida. Ele lhe convida a um relacionamento mais íntimo e a experimentar graça sobre graça.

2.Como Jesus mantinha o foco na sua missão sem se perder? (Marcos 1:35-38)
Essa pergunta é muito interessante e a resposta também. Vejo pastores, líderes e crentes como fui um tempo atrás. Sem direção, desorientados correndo atrás de uma novidade, mudando de igrejas, tentando fazer e fazer. Tentando começar sem terminar. Você já observou que há pessoas que passam a vida inteira tentando começar e fazer coisas e nunca conseguem uma regularidade? Talvez você seja essa pessoa e a sensação é de frustração e desânimo. Irmãos, Deus nos elegeu em Cristo para vivermos uma vida de vencedores. Porém, vencedores em Cristo não vivem desorientados e em constante tentativas. A maior prova de que você pode estar vivendo sem foco é o seu cansaço e estresse fruto de tentativas e procurando ser útil sem saber como tentando de tudo. Sabe o que isso significa? Você não aprendeu a viver plenamente sob a graça de Deus. Você não entregou a agenda e por isso está cansado! Como pode um cristão estar em Cristo, na videira verdadeira e ao mesmo tempo sem frutos e com uma vida desordenada? É mais fácil culpar a esposa, o marido, os filhos, o trabalho, as decepções nas igrejas do que admitir que nos tem faltado fé. Deus te elegeu em Cristo para você viver uma vida vencedora e ela consiste em justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). Jesus vivia o Reino de Deus na terra. Como?“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. [...] Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares...pois para isso é que eu vim.” I)Jesus cultiva relacionamento com o Pai; II)Jesus não é guiado pela multidão de vozes (aprovando-o ou não); III)Jesus sabe a agenda do Pai para Ele; IV)Jesus sabe para que veio. Quando vivemos no poder da graça não somos levados por vozes, opiniões, encantos e todo tipo de oportunidade. Somos guiados pelo Espírito de Deus.
A missão de Jesus consistia em fazer a vontade do Pai. Ele se alimentava disso. Você pode ser plenamente satisfeito! Faça da vontade de Deus o alimento da sua vida. (João 4:34) É graça meu irmão. Paulo entendeu isso tão bem: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:13). Deus não te chamou para viver jugo, mas a graça, a justiça, a paz e a alegria no Espírito Santo.  

3.Mas, como Jesus pode fazer todas essas coisas? Como realizarei obras maiores do que as deles? (João 14:12-15)
Essa é uma pergunta fundamental e precisa de uma resposta a altura. Há muitos crentes conformados porque com certeza, quando sinceros em fazer a vontade de Deus, jejuaram e oraram, mas confiados nessas disciplinas não chegaram muito longe. Você quer saber por quê? Porque devemos tomar cuidado para não transformar em atos de justiça aquilo que só pode ser fruto da graça de Deus em nossas vidas. Você jejuou e orou, e por se sentir purificado e santificado acreditou que Deus iria fazer um milagre e responder às suas causas, você iria pregar muito bem, cantar e descer fogo do céu e nada disso aconteceu? Você transformou as disciplinas em atos de justiça própria. Meu irmão relacionamento com Deus deve desembocar em graça e dependência, não em mérito próprio para Deus se comover e fazer algo por você ou através de você. Deus nos chama a um caminho mais elevado, o caminho da graça! O caminho do relacionamento com o Pai. Portanto, não é você quem faz. Na verdade, a prática da oração e do jejum visa reafirmarmos nossa total dependência de Deus e nos mantermos íntimos em um relacionamento com Ele que desembocará na missão. Ele nos convida a participar da missão, por isso, os recursos vem Dele.“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13-14)
Eis a fonte dos recursos: o próprio Deus. O lugar onde auferimos esse recurso: a dependência. Estar no centro da vontade de Deus, experimentando-a por estarmos afinados com Ele reconhecendo que nada somos sem Ele. Ele pode curar, prover recursos, dons, e tudo o mais por meio do Seu Espírito em nós. Não há impossíveis para aqueles que vivem na dependência de Deus.(testemunho do Pastor que orou pelo gás).

4.Qual é o segredo do relacionamento tão intimo de Jesus que o levava a viver a missão até a cruz sem medo? (Mateus 6:9; João 5:17; 20)
“Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Porque o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.”
A graça e o amor de Deus nos conquistam para bem. O que deve nos impulsionar a fazer a obra de Deus? Termos a sensação de sermos úteis para Deus? Deus não quer empregados na sua obra. Na parábola do Filho pródigo temos um filho que ficou em casa e trabalhava muito, porém, ele tinha uma mentalidade de temor. Sim, de temor! Ele, certamente temia a punição do Pai, haja vista que ele esperava que o pai punisse o filho rebelde que voltou. Porém, tanto o que foi quanto o que ficou não entenderam o que deveria motivá-los a ficar na casa. O que deveria motivar os filhos a permanecer na casa era a companhia do Pai, o amor do Pai o anseio de se relacionar com o Pai. Poderia sim haver temor em ambos, por receber tanto amor, o medo de magoar o pai e não de punição. Qual era o segredo do relacionamento tão íntimo de Jesus que o levava a viver a missão até a cruz sem medo? Ele apresenta Deus como Pai. Deus é meu Pai. Por isso, vou confiar. Como aquela ilustração do garotinho no avião. Você é filho! O Pai sempre faz o melhor. Deus é seu Pai e ao crer nessa graça e privilégio, a missão do Pai é sua missão. As prioridades do Pai passam a ser suas prioridades. Temos medo de dar passos de fé porque muitas vezes não confiamos no Pai. Queremos ter o controle. Perca o controle. Confie no Pai. Assuma seu chamado, confie no Pai.

Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor

Célula 02/03/2016


Boletim Semanal 24/02/2016

SINAIS DE UMA VIDA DE INTIMIDADE COM DEUS Êxodo 4:17

SINAIS DE UMA VIDA DE INTIMIDADE COM DEUS
Êxodo 4:17

Somos chamados à intimidade. Para todos que desejam responder a esse convite de Deus é necessário saber que há um preço. Esse preço é o custo da transparência, o custo de enfrentar desafios e às vezes o custo de viver experiências dificílimas que testam caráter e temperamento. Precisamos aceitar esses processos se queremos desenvolver intimidade com Deus. Nós nos encontramos com Deus justamente na aceitação dos custos.
A não aceitação desses preços é a superficialidade. A superficialidade gera relacionamentos quebrados, tendência de terminar mal, ansiedade e uma busca por sentido na vida fora de Deus. Há doutores, intelectualmente desenvolvidos e extremamente arrogantes que estão vazios. Buscam mais e mais conhecimento, mas não tem o temor de Deus que é o princípio do saber. Para que tanto conhecimento se este não me aproxima de Deus?
Da mesma forma, há muitos teólogos e líderes que dominam assuntos da Bíblia como ninguém, porém, se esse mesmo conhecimento não os aproxima de Deus e das pessoas, para nada serve.
Por isso, a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem. Ela não é para os que confiam no seu intelecto, no seu dinheiro, na sua capacidade, nos seus talentos, mas é para aqueles que aprenderam a reconhecer que tudo isso provém Dele e é para Ele. Intimidade é produto da renúncia. Na vida de Moisés aprenderemos algumas lições preciosas sobre intimidade com Deus. Quem está numa crescente intimidade com Deus e tem encontro com Ele:

1.Vive por graça e poder e não por força humana (Êxodo 2:11-12; Êxodo 3:11-12)
As atitudes de Moisés revelam nossa crise. I.Força humana (fazer do meu jeito).a) Com uma ação limitada e morte. O descontentamento de Moisés é louvável, mas a sua ação é limitada. É o que ele pode fazer e pronto. A sua ação produz coisas ruins:1.Morte. Assim também acontece conosco, filhos de Deus, quando fazemos tudo na nossa vida do nosso jeito. Damos o nosso melhor, mas não é o suficiente. O resultado é sempre morte e fuga. Morte ministerial, morte espiritual, morte do chamado. Eu não aceito que alguém que viva como filho de Deus, aceite morte em alguma área da sua vida. Quem vive na graça de Deus, pode ter trabalho, pode ter família, pode ter ministério, mas nunca haverá morte, antes há vida de Deus fluindo em todas as áreas da vida dela. Onde está Deus aí há vida.2.Falta de identidade e fuga. Moisés nasceu hebreu, foi criado como egípcio e fugiu para o deserto. Quem era Moisés? Alguém cujo o passado o marcou tão profundamente que ele escolheu negá-lo. Essas experiências ruins da vida tem um objetivo, mas tem gente que escolhe fingir que o passado não existiu. Quando Moisés quis fazer do seu jeito, o resultado foi a revelação de quem ele era, alguém sem identidade e fuga. O mesmo ocorre conosco. Fazer do meu jeito revela falta de identidade e produz fuga. Quem é você? FILHO(A) DE DEUS. Essa é a sua identidade. Ele é o nosso PAI. II.Graça e poder de Deus (fazer do jeito de Deus). Em contrapartida, quando Moisés produz morte, perde sua identidade e foge, Deus fará do passado de Moisés uma alavanca para potencializar aquele descontentamento com a situação dos hebreus, porém, será do jeito de Deus. Quem sou eu? Essa pergunta é completamente verdadeira. Quem somos nós? Moisés era idoso e sem identidade, mas agora Deus convida Moisés a experimentar o que existe de mais poderoso na vida de um servo de Deus – a dependência. Deus responde a Moisés: “Eu serei contigo”. A intimidade com Deus nos leva a viver por graça e poder. O encontro com Deus e a crescente intimidade com Deus deve revelar que há um EU SOU em nossas vidas (Êxodo 3:14).

2.Aceita o desafio da dependência de Deus (Êxodo 4:2)
Pessoas de intimidade com Deus e que tem verdadeiros encontros com Deus aceitaram o desafio da dependência. Veja que na vida de Moisés as ferramentas vem de Deus (Êxodo 4:2-6). Depender de Deus é contar com os recursos de Deus. Os recursos de Deus são inesgotáveis. Você somente poderá ser alguém, um líder de célula, um pastor, uma pessoa influente no seu trabalho e na vida das pessoas se houver graça e poder de Deus fluindo da sua vida. Deus envia Moisés e diz ir com Ele. Deus nos envia e habita em nós. Quando você trabalha, você trabalha. Quando você ora Deus trabalha. Moisés aceitou o desafio de voltar para o Egito para libertar o povo hebreu com o quê? Um bordão (Êxodo 4:17). A pessoa que aceita o desafio da dependência de Deus reconheceu o valor da Presença de Deus em sua vida (Êxodo 33:15). Não precisamos viver na superficialidade. A presença de Deus é real. Ela é poderosa e nos guia. Moisés não dá um passo se Deus não for com ele. Esse é o caminho da intimidade. Você pretende comprar um carro, uma casa, mudar de trabalho, intensificar seu trabalho? Tudo o que fizermos deve fluir vida de Deus através de nós, pois, isso é evidência de que Deus está conosco. Está escrito no Salmo 25:12“Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher.”

3.Vive uma vida próspera e plena
A história de Deus não é de desgraças e derrotas, mas de verdadeiros milagres e poderosos testemunhos de que vale a pena viver na graça e na dependência de Deus. A intimidade do Senhor é para os que o temem (Salmo 25:14). É uma vida próspera de verdade, pois, prosperidade é viver integralmente a história de Deus para a minha vida. Deus nos convida a uma vida plena. Uma pessoa que vive o plano de Deus é cheio de vitalidade espiritual e feliz em Deus. Vejo isso em Moisés. I.Fé X obstáculos. Se você está vivendo os planos de Deus e se vivendo por fé aparece obstáculos, Deus abre caminhos (Êxodo 14:15-16). Há pessoas que não são plenas porque além de não ouvirem Deus e não agirem por fé, quando encontram obstáculos não experimentam o livramento. Deus não está aí. II.Deserto X Provisão. Se você está vivendo os planos de Deus e se vivendo por fé surge um deserto, Deus provê o maná (Êxodo 16:4). Os que não entendem isso, guardam o maná. Querem ter CONTROLE. (Êxodo 16:16-20).
Há uma lista enorme do cuidado de Deus com Moisés. Diante da sua sobrecarga, seu sogro o aconselha e líderes são nomeados. A roupa do povo não envelhece no deserto. Deus provê água. Vida plena e próspera é contar com o cuidado de Deus nos mínimos detalhes. Quem enxerga essas verdades tem encontrado o caminho da intimidade.

Entendo que Deus quer trazer cura em nossa alma. Você precisa dizer para Deus como está sua alma. Confessar a Ele os seus temores, angústia e decepções. Temos medo de depender, confiar e fazemos do nosso jeito porque temos medo de entregar, renunciar, perdoar, enfim. A falta de segurança praticamente bloqueia Moisés, mas isso não foi impedimento para Deus leva-lo a vida poderosa e abundante, de grandes milagres (Êxodo 4:10-17).

Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor